quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Reprodução/arte: Maíra Espíndola
Se o leitor amigo não é lá muito fã de marchinhas, axé e micareta e já torce a cara quando vem chegando o fim de janeiro (olha o carnaval aí, gente!) não precisa mais excomungar a existência de fevereiro no seu calendário. Eis que surge uma esperança ao som de distorções: Campo Grande terá seu Grito Rock nos dias 12 e 13/02, respectivamente sexta e sábado de carnaval!
A festa será simultânea com dezenas de outras cidades brasileiras e até países vizinhos. Todos integram o Grito Rock América do Sul 2010, uma grande rede de shows com o intuito de fortalecer o cenário de música independente. O intercâmbio de bandas também é marca forte do Grito Rock e cada cidade deve receber seus convidados.
Veja a programação do Grito Rock Campo Grande:
Sexta (12)
Ataque Nuclear (MS)
Sábado (13)
Valente (RS)
O Grito Rock Campo Grande ainda terá a participação da banca de produtos do Circuito Fora do Eixo e das camiseterias Rubik’s e O Circo Pegando Fogo. A realização é do coletivo Bigorna Produções, integrante do Circuito Fora do Eixo. O Grito Rock Campo Grande também é filiado à Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin).
GRITO ROCK AMÉRICA DO SUL 2010
Em 2010 o Grito Rock América do Sul será realizado em mais de 70 cidades, mantendo assim o título de maior Festival Integrado da América Latina, já que além dessas, mais quatro cidades fora dos limites tupiniquins realizam o Grito – Buenos Aires (Argentina), Córdoba (Argentina), Montevidéo (Uruguai) e Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).
Entre as cidades brasileiras estão Rio Branco (AC), Uberlândia (MG), Santa Maria (RS), João Pessoa (PB), Recife (PE), Fortaleza (CE), entre outras. Os coletivos responsáveis estimulam assim a auto gestão das bandas, já que com tantas cidades cadastradas, as bandas vêem no Grito Rock a oportunidade de planejar sua própria turnê.
Outra inovação do Grito Rock 2010 foi a inscrição das bandas via projeto Toque no Brasil, onde cada artista pode solicitar apresentações em cidades de seu interesse, submetendo-se a uma curadoria local que realizou as seleções. Confira no www.gritorock.com.br a programação das cidades integrantes do festival.
SERVIÇO – Grito Rock Campo Grande 2010, nos dias 12 e 13 de fevereiro, a partir das 22 horas, no BarFly, na Rua José Eduardo Rolin, número 201, próximo a Uniderp da Avenida Ceará. Os ingressos custam R$ 10 (para cada noite) e R$ 15 (passaporte para as duas noites).
Siga o twitter da Bigorna Produções e acompanhe mais informações sobre o Grito Rock Campo Grande e participe de promoções: www.twitter.com/bigornatweets
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Bigornada de Janeiro: suor e rock
Passa uma Bigornada e sobram as lembranças, os suspiros, uma ressaca pesada. Mas nem tudo se esvai como essas enxurradas janeirosas: alguma coisa fica na cabeça ou em palavras e fotos. Pra pregar na retina e causar arrependimento em quem não foi, com vocês a Bigornada de Janeiro:
JENNIFER MAGNÉTICA
A primeira Bigornada do ano começa bem com show animadão da Jennifer Magnética. Na primeira música, frente do palco ainda vazia e som potente mostrando a que veio. Já na segunda música o show é lotado, com passos de dança e coros afinados. Precisa dizer mais? "Traga um Copo d'Água", "Atrá(z) do Muro" e outras musgas sempre no show grandão dessa Magnética. (alguém aí tem foto pra poshtar?)
FACAS VOADORAS
"Bruises in a Crunched Amp", "A Gente Ainda Pode Ir Pro Bar" e o hit "1:54" são apenas umas das 3 que fazem as moçoilas perfumadas e os bofscândalos baterem cabelo até. E um tuiuiuzinho me contou que em 2010 tem novidade no ar, tanto do Facas como da Jennifer Magnética. Aguarde, meu caro.
PORCAS BORBOLETAS
Chega a hora do show do Porcas Borboletas. Afinados em seus instrumentos, vozes e entre si, logo os primeiros acordes já mostram que o show será fodão. Mandam de cara o hino "Menos", indicada na revista Rolling Stone como uma das melhores músicas de 2009 - como se precisasse desse título pra de cara sacar que é uma lindíssima composição.
Apresentação maravilhosa, nem precisa dizer. A banda se troca com o público; o público com a banda. Danislau e Enzo, os vocais, abusam da simpatia. O percussionista Jack e seus malabarismos no palco roubam a atenção: a música sai da banda inteira de forma visceral. Sem mais palavras.
DIMITRI PELLZ
Dimitri Pellz como sempre sabe aproveitar o grau do alto da noite e fechá-la muito bem. Dessa vez, de forma ainda mais especial: Jack, o percussa do Porcas, é convidado a permanecer no palco e fazer um dos shows mais legais da Dimitri. Com direito em homenagem óbvia em "Hi Jack" e novas propostas pra músicas como "Lúcia Lambidinha" e "Dance With Fire", todas swingadas ao extremo.
Linda Bigornada, não? Sinal que é pra esperar muito mais coisas legais da Bigorna Produções nesse ano. Com o perdão do clichê, caro leitor, começamos bem, com o pé direito. Ou os dois pés na porta, se tu nos permitir.
Falando em coisa linda: as fotos desse post são do Flávio Melgarejo, nosso parça Anão, que fez participação especial na cobertura dessa Bigornada. Registros certeiros e olhar muy belo. O coletivo Bigorna Produções agradece.
Agora é aguardar a Bigornada de Março (atração especial surpresa!). No mês de fevereiro não realizaremos a Bigornada porque vem aí o Grito Rock América do Sul. Na terrinha será realizado o Grito Rock Campo Grande, uma maratona de shows simultâneos com diversas outras cidades do Brasil e países vizinhos. Em breve tem post aqui no site pra anunciar as atrações selecionadas.
Mantenham-se vivos até lá!
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
Entrevistinha com Porcas Borboletas
Foto: Flávio Melgarejo
A atração principal da Bigornada de Janeiro, Porcas Borboletas, já existe há algum tempo, apesar de ganhar atenção do público com mais ênfase em 2009. A banda é de Uberlândia (MG), se chamava Pau de Bosta e teve o primeiro CD lançado em 2004, com o título de “Um Carinho Com os Dentes”.
Desses tempos remotos pra cá foram várias mudanças. Atualmente Porcas Borboletas se diz e parece satisfeita com o que tem hoje: atenção do público e da mídia e espaço para tocar. Os integrantes da banda dizem que tudo é fruto de muito trampo, lógico. E opinam que o artista não deve se deter apenas à criação, mas “botar a mão na massa” mesmo, procurar um lugar ao sol através do trabalho.
Coisa que para eles deu certo. Integrante do coletivo Goma, sediado em Uberlândia, Porcas Borboletas teve seu segundo CD, “A Passeio” lançado pelo projeto Compacto.rec, do Circuito do Fora do Eixo, do qual o Goma (e o Coletivo Bigorna também) faz parte. O Compacto.rec realiza o lançamento de um álbum de uma banda integrante do Circuito a cada mês, com download totalmente gratuito e foco de todo os coletivos do Circuito voltados para essa divulgação.
“A Passeio” foi o lançamento de estréia do projeto. E deu certo. Foram mais de três mil downloads do álbum e dezenas de shows pelo Brasilzão afora. Uma turnê pelo Nordeste acompanhada das bandas colegas Burro Morto (PB) e Macaco Bong (MT) está entre as principais realizações do grupo, taxada quase em coro como “coisa incrível, inexplicável” pelos integrantes da banda.
A seguir, duas perguntas extraídas duma conversa sobre o assunto com Enzo Banzo, vocalista e violonista da banda Porcas Borboletas. A banda foi atração especial da Bigornada de Janeiro, realizada pelo coletivo Bigorna Produções no BarFly, em Campo Grande, no dia 22, vulgo sábado passado.
“Estar a passeio é não estar em um único lugar”
Bigorna: Como foi a caminhada do Porcas Borboletas até aqui? O que até hoje contou (de verdade) pra conseguir esse patamar de banda que produz som autoral, de forma independente e consegue chegar até o público com sucesso?
Enzo Banzo: Acho que tem duas coisas fundamentais. A primeira é o trabalho artístico da banda. Somos extremamente exigentes com o que fazemos e procuramos trabalhar sempre valorizando a criatividade e inventidade com algo a dizer. Isso que fez a banda surgir e continuar, aliado à profunda amizade que existe entre a gente. A segunda é o fato de a gente não ficar acomodado esperando as coisas acontecerem, e focar todo o processo da cadeia produtiva, não só o artístico. Nesse contexto o trabalho em conjunto com o Circuito Fora do Eixo tem sido fundamental e altamente frutífero.
Bigorna: Como foi elaborar o conceito do "A Passeio"? Vocês já tinham tudo pensado, foi nascendo com o processo de composição? (isso no sentido de que é um album onde cada musica tem uma personalidade, parece desfragmentado, mas muito harmônico ao mesmo tempo)
Enzo Banzo: Totalmente em processo. Fizemos várias músicas desde o lançamento do primeiro cd em 2005. Na hora de montar fomos juntando as coisas, selecionando, e criando mais. Descartamos várias composições até chegar em algo em que víamos um conjunto, mesmo com essa característica de diversidade que a gente sempre teve. O nome mesmo surgiu no final do processo, e tem tudo a ver com esse movimento diverso. Estar a passeio é não estar em um único lugar.
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Porcas Borboletas na Bigornada de Janeiro!
Imagina uma banda que é uma comoção no palco. Imaginou? Então. Porcas Borboletas é o nome. O grupo mineiro tem fãs espalhados pelo Brasil inteiro, fez turnê pelo país em 2009 e é cotado como uma das grandes revelações da música brasileira de 2009, além das promessas de 2010, é claro. Estão bem os moços. E estão na primeira Bigornada de 2010! Nesta sexta, no BarFly!
As bandas campo-grandenses Facas Voadoras, Jennifer Magnética e DimitriPellz também se apresentam na noite. Pra iniciar o ano com festão mesmo, sem essa de férias e blábláblá. Começa a partir das 23 horas e a entrada custa R$ 10.
Mas vamos ao que interessa: os interessados em participar da noite, ouvir música boa, dançar, beber e sensualizar podem fazê-lo de graça! Isso mesmo. No twitter tá rolando PROMOÇÃO imperdível. Basta twittar um trecho de uma música do Porcas Borboletas acompanhado da tag #bigornada. Ouça o myspace da banda e poste o pedaço da sua letra preferida.
O coletivo Bigorna Produções vai sortear um par de ingressos entre os participantes. Aliás, já segue o @bigornatweets? Aproveita também pra seguir as bandas:@facasvoadoras, @dimitripellz, @jenmagnetica e @porcasapasseio.
PORCAS BORBOLETAS
Porcas Borboletas é dessas bandas difíceis de classificar. De cara, ouvindo o CD, dá pra identificar influências como Arnaldo Antunes, Mutantes, soul, jazz, cultura de rua, muita poesia e teatro, além de muitas outras. Poderia-se pensar que influências tão boas e profundas como essas resultariam num som do tipo cabeção (derivação de papo-cabeça), mas nem é.
Porcas Borboletas é rico sim, mas simples. Deve ser por isso que gosta-se tão rápido de tudo.
A estética da banda é bem definida. Tanto no CD, produção e gravação de alta qualidade com instrumentais harmoniosos e samplers divertidos, como no show ao vivo: hipnose total. A performance é coisa fundamental pra Porcas Borboletas e conquista mesmo. Um dos melhores shows do Goiânia Noise 2009, visto de perto por esta que vos fala e elogiado por outro montão de gente.
Banzo é o homem da maioria das letras geniais do grupo e faz voz e violão quando no palco. Danislau divide com ele algumas composições, voz, percussão, acrobacias e dancinhas ótimas. Moita na guitarra e Rafa no baixo completam a melodia. Na bateria vem Vinícius em total sintonia com o percussionista Jack, outra grande figura da banda que incorpora (ou quase) alguma entidade no palco. Ricardim se divide entre os teclados, sopros e outros barulhos, também de forma genial.
Então Porcas Borboletas tem letra boa, instrumental elaborado e performance digna.Portanto, inteligente. Portanto, fodão.
Duvida? Vai na Bigornada. Pra não fazer feio, baixa o CD pra cantar junto. O download é gratuito e faz parte do projeto Compacto.rec do Circuito Fora do Eixo que realiza lançamentos mensais com distribuição gratuita na web:
http://compactorec.wordpress.com/2009/08/18/porcas-borboletas-a-passeio/
"A Passeio" é o segundo CD da banda e conta com participações de renome, como Arrigo Barnabé, Arthur de Faria, Junio Barreto, Simone Soul, Paulo Barnabé e a atriz Leandra Leal em Super-Herói Playboy e também no videoclipe da música "Nome Próprio". Já o primeiro álbum do Porcas Borboletas chama-se "Um Carinho Com os Dentes". Dá pra conferir aqui.
Porcas é integrante do Coletivo Goma, de Uberândia (MG), um dos coletivos do Circuito Fora do Eixo, do qual o coletivo Bigorna Produções também faz parte. Junto com Macaco Bong (MT) e Burro Morto (PB) a banda realizou uma turnê pelo Nordeste em dezembro de 2009, aposto que arrebatando mais corações por aí.
Enfim, consultado o oráculo da música boa que visita os menos agnósticos, a certeza de que a Bigornada de Janeiro vai entrar pra lista das especiais é latente. Ainda vai ter banquinhas de produtos do Circuito Fora do Eixo e camiseterias Rubik's e O Circo Pegando Fogo.
Pra inspirar, fique com um aperitivo de Porcas Borboletas:
SERVIÇO: Bigornada de Janeiro na sexta (22), no BarFly, com Porcas Borboletas, Jennifer Magnética, Dimitri Pellz e Facas Voadoras, a partir das 23 horas, R$ 10. Promoção no twitter @bigornatweets.
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
Bigorna, Fogo no Cerrado e Rock de Campo Grande na Revista Gol de Janeiro!
O cenário roqueiro de Campo Grande é destaque na edição de janeiro da Revista Gol - Linhas Aéreas Inteligentes. Uma matéria de cinco páginas escrita pela jornalista Ana Carolina Monteiro mostra que na terrinha há muito mais a se conhecer e que as guitarras são característica forte de Campão. A Bigorna e o Festival Fogo no Cerrado, cuja edição mais recente foi realizada em dezembro de 2009, também ganham atenção.
A reportagem ainda resgata personagens importantes da música de Campo Grande, como o carismático baixista Marcelo Rezende, da Bêbados Habilidosos, que pelo teor da abertura da matéria parece ter conquistado também sua entrevistadora. Rafael Meira, do blog Rock do Mato, também da sua opinião sobre música, seguido de Jean Gabriel (Dimitri Pellz/Bigorna Produções) e Oscar Rocha, jornalista do Caderno B do jornal Correio do Estado.
Um box é dedicado à visão de quem já veio tocar na cidade. E a surpresa: elogios generosos de Clemente, vocalista da Inocentes (atração especial do Fogo no Cerrado 2009), Allan Ferres, baterista da Rock Rocket (show durante o Prêmio Rock do Mato 2009) e Gustavo Martins, guitarra e vocal da Ecos Falsos (show durante o Fogo no Cerrado 2009).
Leia a matéria na íntegra nas páginas reproduzidas acima. Clique nas imagens para ampliar.
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Assembléia setorial de música escolhe representantes de MS
Os músicos e produtores culturais Letz Spindola (Bigorna Produções), Rodrigo Faleiros (Jennifer Magnética/Bigorna Produções e Orquestra Municipal de Campo Grande) e Márcio de Camillo (Associação dos Músicos do Pantanal) são os delegados eleitos para representar o segmento musical de Mato Grosso do Sul na Pré-Conferência Setorial de Música, prevista para a segunda quinzena de fevereiro.
Além deles, foram escolhidos como suplentes Demétrius Hernandes, Elanio Rodrigues (Sarau dos Amigos e Chicomaria Produções) e Jean Gabriel (Dimitri Pellz/Bigorna Produções). A eleição foi realizada na noite de ontem (10), durante a Assembléia Setorial de Música, no Centro Cultural José Octavio Guizzo, no centro de Campo Grande.
Após a apresentação dos assuntos a serem tratados na Assembléia, Conferência Setorial e Nacional, os candidatos a delegados fizeram suas inscrições e em seguida defenderam suas candidaturas. Os participantes votaram nos candidatos a delegados setoriais de forma direta e aberta.
Foi definida a comissão setorial de música que irá representar os interesses da área musical do Estado e o pedido da sua candidatura encaminhado para a Funarte. Durante a Pré-Conferência, os delegados também irão eleger 15 novos integrantes do Colegiado Setorial de Música e outros 10 delegados setoriais para a II Conferência Nacional de Cultura, a ser realizada em abril.
Acompanhe mais sobre as Conferências Setoriais de Música e Conferência Nacional de Cultura no endereço: http://blogs.cultura.gov.br/cnc/.
Por Manuela Barem
Bigorna Produções
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Johnny Suxxx n' the Fucking Boys lança CD pelo Compacto.rec
O “Disco Zebra” da banda goiana Johnny Suxxx n' the Fucking Boys é o primeiro lançamento de 2010 do Compacto.rec, projeto do Circuito Fora do Eixo que lança singles virtuais em rede. Este é o segundo disco do grupo. “Disco Zebra” mantém a veia hard-rock garagista da banda e assume de vez a personalidade glam que virou marca da Johnny Suxxx em shows pelo Brasil afora.
Também aparecem como novidade os backin-vocals femininos para contribuir com a pegada dançante do CD. Contrapondo certeiro com as guitarras distorcidas e vocal forte e metalizado de João Lucas, o Johnny Suxxx. A gravação, à cargo de Gustavo Vazquez (baixista da MQN) no Rocklab, deixou o CD pronto para ser executado em alto volume em qualquer festa ou bar; enfim, qualidade redondíssima.
O álbum ainda tem participações de Daniel Belleza (Corações em Fúria), Saulo e Carol Freitas (Filomedusa) e Claudão (O Melda). “Disco Zebra” ganha esse nome pela referência à proposta gráfica do novo CD. Pode ser baixado na íntegra e gratuitamente clicando aqui.
A banda Johnny Suxxx n' The Fucking Boys é integrante do casting do coletivo Fósforo Cultural, produtor dos festivais anuais Release Alternativo e Vaca Amarela. Confira no vídeo a seguir comentários sobre o “Disco Zebra” pelo próprio Johnny Suxx.
COMPACTO.REC
Desde 2007, o Compacto REC utiliza os veículos de comunicação integrados ao Circuito Fora do Eixo lança para fazer os lançamentos dos singles virtuais. A primeira banda lançada foi Madame Saatan (PA), seguida de artistas de todas as regiões do país como as elogiadas Bang Bang Babies (GO) e Filomedusa (AC).
Em 2009 a iniciativa também lançou os grupos Porcas Borboletas (MG) [atração especial na Bigornada do dia 22], Boddah Diciro (TO), Rinoceronte (RS) e o rapper Linha Dura (MT). Com a liberação dos fonogramas para downloads, o projeto alinha uma iniciativa de trocas para remunerar o autor do trabalho em um sistema de economia solidária, pautado na oferta de serviços e produtos integrados ao Circuito Fora do Eixo. Mais sobre o projeto no site www.compactorec.wordpress.com.
Por Manuela Barem
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Porcas Borboletas no site Palco Urbano
É com satisfação que anunciamos a participação especial da banda mineira Porcas Borboletas na primeira Bigornada de 2010! Porcas faz show em Campo Grande no dia 22 de janeiro, no BarFly, dividindo o palco com as locais Jennifer Magnética, Facas Voadoras e Dimitri Pellz.
Nesta segunda (11) o site Palco Urbano/Campo Grande News publicou uma matéria sobre a banda com impressões sobre as letras e melodia. Clique aqui para conferir na íntegra.
Siga também o twitter das bandas:
Porcas Borboletas (MG): www.twitter.com/porcasapasseio
Jennifer Magnética: www.twitter.com/jenmagnetica
Facas Voadoras: www.twitter.com/facasvoadoras
Dimitri Pellz: www.twitter.com/dimitripellz
Por Manuela Barem
Marcadores: Bigorna Produções, bigornada, campo grande news, circuito fora do eixo, clipping, jornalismo, mato grosso do sul, música independente, palco urbano, porcas borboletas
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Bigornada de Janeiro
Você pode baixar os discos das bandas via download direto por aqui:
Porcas Borboletas - À passeio e um carinho com os dentes (Arquivo com os dois discos)
Jennifer Magnética - Placenta e Licopeno
Facas Voadoras - Pocket Show e Ao Vivo no Barfly (Vaca Azul)
Dimitri Pellz - Dimitri Pellz , Agiitatsia Propaganda e Ao Vivo no Barfly (Vaca Azul)
Visite os sites e myspace das bandas:
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Projeto Toque no Brasil tem lançamento nacional hoje
Com o objetivo de propor um novo conceito de agendamento de shows e circulação de artistas, o projeto Toque no Brasil (TNB) é lançado hoje (5) no endereço online www.toquenobrasil.com.br, aberto a participação de todos os estados brasileiros. A idéia é fazer com que aconteça um mapeamento de artistas, circuitos e rotas brasileiras 100% virtual. Em sua inauguração, o TNB disponibiliza 500 vagas para o Grito Rock América do Sul em 2010.
O TNB é inspirado na lógica de rede social (sites como MySpace, Orkut, Twitter, Facebook), ou sites com foco específico em alguma atividade, como no caso do site de empregos Catho. A diferença entre esses citados e o TNB, no entanto, além do enfoque, é que no Toque no Brasil qualquer festival, casa de show, e/ou outros projetos de circulação poderão se associar, tornando-se, assim, um ponto de circulação no mapa geográfico virtual da rede.
No caso do artista, esse poderá fazer as vezes de vendedor de shows e/ou mesmo de um avaliador dos espaços, produções e/ou outros pontos ali cadastrados. Os artistas podem se inscrever a partir de agora. Apenas é necessário estar ciente de três exigências:
1) As vagas oferecidas no TNB para todas as edições do Grito Rock América do Sul 2010 são promocionaisde lançamento do site e, portanto, gratuitas. Sendo assim, as bandas poderão se inscrever nos Gritos que desejarem, porém devem respeitar o teto de até 05 cidades. Caso a banda ultrapasse esse número limite, poderá ser desclassificada.
2) Ao se inscrever, a banda deve ter ciência de que, caso seja classificada, a mesma deve, obrigatoriamente, atender ao festival escolhido no ato da inscrição. Em caso de cancelamento do show, a mesma ficará impossibilitada de usar o sistema do Toque no Brasil por 6 (seis) meses;
3) As inscrições para todas as edições do Grito Rock América do Sul 2010 se encerram no dia 15 de janeiro, e a divulgação oficial de toda a grade de programação se dará no dia 20 de janeiro. As bandas escolhidas serão devidamente notificadas até essa data.
Na prática
Um exemplo das possibilidades do projeto Toque no Brasil é uma banda e/ou artista realizando uma turnê de vinte e dois dias, saindo de Fortaleza (CE) e chegando ao Rio Branco (AC) com dois days offapenas (dias livres, em português) e com um custo razoável. Essa mesma banda ou artista pode operar essa produção com o auxílio de um 'guia' da música independente, acessível a partir de um endereço online, onde o sujeito tem a chance, após a turnê, de tecer comentários sobre as rotas, sobre o atendimento dos locais, sobre o som, ou quaisquer outras informações que julgue pertinente compartilhar, construindo assim um grande banco de dados coletivo, capaz de promover trocas de impressões, experiência e garantindo mais facilidades para a realização de próximas turnês.
GRITO ROCK CAMPO GRANDE 2010
O Grito Rock Campo Grande 2010 será realizado nos dias 12 e 13 de fevereiro. Há quatro (4) vagas nacionais e seis (6) vagas locais, todas a serem preenchidas por meio do Toque no Brasil, seguindo as regras descritas anteriormente. Qualquer grupo ou artista interessado pode se inscrever.
Mais informações em: www.toquenobrasil.com.br. O twitter do projeto é www.twitter.com/toquenobrasil. Duvidas, sugestões ou reclamações podem ser feitas para o email toquenobrasil@gmail.com.
Por Manuela Barem
(Com informações do site www.toquenobrasil.com.br)
Fogo no Cerrado 2009 - pegou, e forte!
Impossível não sentir saudades ao lembrar das duas noites da programação do Festival Fogo no Cerrado 2009. O festival independente é realizado pelo coletivo Bigorna Produções e sua segunda edição foi nos dias 4 e 5 de dezembro, no Toca Espaço Bar, em Campo Grande.
De rockão progressivo ao moderninho, de punk ao dub, as bandas fizeram o público ferver, fritar, ficar cozido e todas as outras analogias ligadas ao poder de fogo que tem a música boa. Ao todo foram 24 bandas. Entre elas Móveis Coloniais de Acaju (DF) e Inocentes (SP) que são desses shows de encher os olhos, os pulmões de ar, a cabeça de lembranças inesquecíveis.
Não só eles, mas muita banda legal mostrou presença e marcou sua pegada nesse brejão. Tipo Hierofante Púrpura, Capim Maluco e Ecos Falsos, conterrâneos de São Paulo, Wolf Attack (PR) e Inimitáveis (MT). As bandas locais (integrantes do coletivo Bigorna e convidadas) seguraram com responsa o dever de representar uma amostra do que é produzido por aqui e ainda encarnar o anfitrião para receber com carinho a galera de fora.
Para fechar, o público não se intimidou com o clima chuvoso, nem mesmo perdeu fôlego quando de frente com a maratona de shows noite afora, madrugada adentro. Ou seja: lindo, massa demais.
Festival que começou modesto na sua estréia em 2008 - mas nem por isso menos caliente - o Fogo no Cerrado sem dúvida cresceu e este ano se estabelece como um evento de música independente que é importante para a cultura urbana de Campo Grande.
Bigorna Produções manda avisar: Fogo no Cerrado é feito para todos, na raça, e as próximas edições que estão por vir já carregam o desejo de superar as anteriores. A seguir, um aperitivo para quem não pôde ver o Fogo no Cerrado 2009 de perto.
Sexta-feira (4), primeiro dia de Festival, aquela comoção para que tudo desse certo. Assim foi. A banda campo-grandenses Repúdio CxGx abre os trabalhos da noite e mostra o peso da revolta da perifa de Campão com seu punk-rock. Snorks (MT) vem na sequência. Acompanham Repúdio no punk-rock, bem tocado e em afinação com bom-humor.
Depois vem Wolf Attack (PR). O power-trio mostra sua mistura raivosa de progressivo, punk e blues com vocais que lembram mesmo uma matilha de lobos, prestes a atacar. De deixar o público boquiaberto; a performance é marcante. Ponto super high: baixo tocado no colo, grunhidos tirados com um copo de vidro e muitos aplausos.
Na sequência, a também local Facas Voadoras dá o recado e nem precisa argumentar porquê é queridinha nas timelines de festas da cidade e festivais Brasil afora. Faz um showzão.
Desde esse momento os fãs do Inocentes, atração especial da noite, esperam na maior ansiedade o show. Na hora que a banda começa a aglomeração na frente do palco e dezenas de mãos para o alto quase escondem a visão dos músicos que estão nessa pegada desde o começo da década de 1980.
Inocentes é arrebatador. Impossível assistir a apresentação sem pirar o cabeção. Tanto que o vocalista Clemente chega a parar uma música no meio para solicitar um "menos aí galera, senão a gente não consegue tocar porque vocês nos derrubam". Como se fosse possível algum menos. Lindas combinações de timbres de guitarra e revival de sucessos como "O Homem Negro" e "Cala a Boca" embalam a bateção de cabelo e rodinhas de pogação. Punk is not dead!, definitivamente.
Capim Maluco é a banda da sequência, sem deixar o clima esfriar. Rock de garagem, com gritaria na medida pelo vocal Rafa, guitarra estridente e baixo swingado. Para fechar, bateria alucinada, lisérgica. Tudo bem que as tentativas de descrever o som dos caras nem sempre funcionam. Sei que o show é fodão, na certa um dos melhores do festival. Um cover de Queens Of The Stone Age é o ultimato para conquistar os que ainda não tinham sido tomados totalmente pela apresentação (se é que ainda havia alguém nessa).
Brown-Há traz de Brasília (DF) o rock moderninho e cinco guris afinados na performance. Os beats são dançantes e as letras falam de curtir a vida. Destaque para o diálogo entre as guitarras, como num jogral divertido, e para a desenvoltura do vocalista no palco, todo pulante, serelepe. Som bom para festa.
Mudando de pato pra ganso, como diz meu pai, depois vem o blues puro do Bêbados Habilidosos. O quarteto campo-grandense é hit em qualquer lugar onde se tenha que seja meia dúzia de cabras, imagina num festival. Visitantes e músicos de bandas convidadas que ainda não tinham visto ao vivo gostam e é um burburinho só depois do show. Renatão arranhando a noite com suas letras que só bluesman de verdade sabe fazer acompanhado por Marcelão, Rodrigo e Erik na maior sintonia.
Por fim, o trio da Jennifer Magnética fecha a primeira noite do Fogo no Cerrado 2009. Clima de comemoração à la churrascão para os amigos misturado com expectativas grandes para o dia seguinte.
A SEGUNDA NOITE
As bandas campo-grandenses Santo de Casa e Midnight Purple fazem os primeiros shows da segunda noite do Fogo no Cerrado dando start no sábado inesquecível que começa. Com vocal fofo do casal Lu Kreutzer e Rodrigo Kampa, Santo mostra seu pop romântico com influências de bandas como Mutantes. Midnight Purple recebe generosos elogios por um dos seus primeiros shows ao vivo - há cerca de um ano a banda faz divulgação massiva de seu material pela web e já aglutinava ansiosos por sua performance.
Inimitáveis, da quentíssima Cuiabá (MT), conquista o público e ponto final. Ao fim da apresentação dos elétricos guris de terno preto o comentário é "show animado e envolvente". Resultado de combinação de rock autoral com influências da saudosa jovem-guarda, que muita gente do público nem viveu, o que não é empecilho para a empatia imediata. O carisma do vocalista Dênis é uma das marcas da banda.
Gobstopper, também campo-grandense, enche o palco com sua melodia doce e óculos 3d. Elizeu, Marcel e Leco embalam dancinhas e muitos cantam junto com "Te Esperar", um dos sinceros hits do trio e saem aplaudidos e também elogiados.
Hierofante Púrpura, de São Paulo, tem letras escritas como se fossem calculadas, guitarra lamentosa e bateria enérgica que arrebatam os ouvintes logo nas primeiras músicas. O entrosamento de Hugo, Danilo e Sérgio é evidente. Danilo, no vocal e baixo, é puro sentimento e parece poder ter um troço a qualquer momento. E tem. Um êxtase em pleno palco. Lindo de assistir. Hierofante Púrpura é indie; uma grande e rica banda.
Ao fim do show da Hierofante, o público, esperto que só, já se aglomera na espera do Móveis Coloniais de Acaju, que vem na sequência. A marca principal do Móveis é a alegria que os caras levam por onde passam. Comportam-se como uma família fora e dentro do palco e a galera se apaixona por essa relação. O melhor é que eles deixam qualquer um fazer parte dela.
Por isso, quando os acordes da primeira música começam o que se vê são rostos emocionados, curiosos, olhares fixos no palco. André, o vocalista, canta junto e para quem canta com ele. O grupo todo é impecável tanto na qualidade musical, quanto na performance. Fruto de muito ensaio e estrada - Móveis Coloniais de Acaju é uma das bandas que mais viaja o Brasil fazendo shows.
No trombone, Xande mostra que não o palco não é limite. Entra no meio do bolo de gente que se mantém coeso o show inteiro, sobe no balcão do bar, sem parar de tocar e dançar. Junto com ele e o vocal André, Beto, Edu, Paulo, Esdras coordenam as coreografias junto com o público.
Ao fim da participação de Móveis Coloniais de Acaju no Fogo no Cerrado, todos são convidados para formar uma grande roda, mesmo que distante do palco. Uma das cenas mais belas do Festival, e talvez dos shows que os campo-grandenses já viram. Móveis marca por onde passa e é um prazer presenciar a festa que eles promovem.
Depois de Móveis vem Ecos Falsos, também da capital paulistana. Os guris mostram o mojo da nova formação da banda e também uma evolução incrível na pegada das músicas, que já eram boas. O som é completo e bem produzido. Duas guitarras preenchidas ora com teclado e efeitos eletrônicos, ora com violão folk.
Sem falar na batera do Davi, sempre marcadona, dá o peso ideal para as músicas. Mas uma das grandes diferenças dessa nova fase da Ecos está no baixo, agora no comando de Vini, recente aquisição da banda. Muito bom de se ouvir, gracias Ecos Falsos.
Louva Dub toca o barco depois de Ecos. A afinadíssima Lauren Cury entoa canções que falam de amor, de "plantar agora pra poder colher depois", acompanhada da banda sempre poderosa. A mistura de dub - um dos ritmos derivados do reggae - com o que chamam por aí de nova MPB é certeira e encanta o público. Coisa comum de se ver em Campo Grande (Louva Dub é orgulho da terrinha). Xande, o trombone da Móveis Coloniais de Acaju, não se contém e pede permissão para tocar com os dubistas enquanto o restante do grupo se balança na frente da Louva.
Louva Dub ainda promove uma jam entre integrantes da banda com os remanescentes da Curimba que ainda está no local e era uma das escaladas da noite. A experiência resulta num som fino e camaradagem no palco.
Dimitri Pellz, que sabe botar fogo mesmo quando a brasa parece morrer, é a última banda. Recebe os reforços de Vini e Davi (Ecos) que completam o time, um no baixo e outro nas pirações eletrônicas. Mesmo com o dia já claro, anunciando a despedida do fogaréu, ainda tem gente para bater cabelo com Dimitri Pellz. Uma das melhores formas de catarse e de se terminar um festival.
É, acabou o Fogo no Cerrado 2009. Com gargantas roucas, pernas e pés doloridos, sintomas de quase gripe de tanto trabalho e curtição. Vale a pena cada analgésimo e anti-térmico. Porque, não só cada show vale a pena, mas a oportunidade única que é participar de um Festival. Benefício tanto para o público, que passa duas noites imerso em música sem fronteira de estilo, quanto para os músicos, que podem conhecer outros sons e trocar experiências.
Troca, intercâmbio. Nesses tempos de internet, novas tecnologias e redes sociais a lição que um Festival deixa é que o material humano e a arte ao alcance dos ouvidos, olhos, mãos, seja lá que tipo de contato for, é ainda algo valioso e indispensável para quem se interessa por cultura. O que parece é que o Fogo no Cerrado sabe disso, como um organismo que não pode e não vai parar de produzir, de existir.
Em nome do coletivo Bigorna Produções o agradecimento sincero a todos que acreditam, apóiam e participam dessa idéia. Em 2010 tem mais.
Texto: Manuela Barem
Vaca Azul e Bigorna Produções
Fotos: Vaca Azul