(Dimitri Pellz por Cátia Burton)
Começa como todos os temporais, uma leve brisa gelada, um quase silêncio e a impressão de que realmente vem aí alguma coisa grande.
Foram três dias quentes, loucos e completo sentimento de dever cumprido para o Dimitri Pellz.
De início um processo quase complicado para se obter as passagens aéreas, e que cujo todo o pessoal do Dimitri Pellz tem uma divida de agradecimento enorme por ter sido contratado para show pela Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul. O show trouxe um suporte financeiro a mais e será realizado em 25 de setmbro em Paranaíba. Mais uma cidade a ser descontruida pelo pelas música sujas e vermelhas.
Saída de Campo Grande ao sábado, 05 de semtembro, com um atraso de três horas, devido a complicações do vôo em Curitiba. Nada que abalasse os ânimos. O detalhe era a participaçao do Thiago, guitarrista do Astronauta Elvis, em substituição para esta viagem e para a próxima do festival Vaca Amarela, em Goiânia.
Chegada em Porto Velho mais ou menos às 17:00. A cidade recebeu Dimitri com o calor de sua hospitalidade e de seus 37 graus anunciados. A sensação de calor era desconsertante, mas pelo menos entende-se como é que qualquer marca de cerveja daquela cidade tinha ótimo sabor .
Fomos avisados que devido a problemas na noite anterior, algumas das bandas foram transferidas para a nossa data e que teríamos alguma alteração no cronograma. Tanto melhor para nós, assim poderímos ver algumas das boas bandas que tinham sido escaladas para o dia anterior.
Festa open bar.
Começa o festival com a banda Cerva Grátis (PB) em que já na terceira musica problemas técnicos. O louco bateirista conseguiu rasgar o bumbo. Banda bastante boa com destaque exatamente para o bateirista que que não mede consequências.
Chega o fantástíco O Melda - Claudão Pilha Monobanda (MG). Genial a simplicidade das músicas em que as letras chicletudas são acompanhadas de bateria eletrônica, rifis de uma guitarra em distorção e um capacete chocalho.
Outra banda de destaque para o dia é Johnny Rock Star (PA). A música Alcalina se espreme dentro de você e finca raizes. Banda competentíssima e carismática.
O cuiabano Linha Dura (MT) faz apresentação junto ao Macaco Bong. Sem muito a dizer, pois a apresetnação coincidiu com a passagem de som do Dimitri Pellz.
Dimitri Pellz sobe ao palco sob um calor escaldante e consegue já com Volta, em sua abertura, deixar os Porto Velhences estáticos e curiosos com o que mais vinha por alí. E o que veio foi um show completamente louco, sem regras e com todas as pontas amarradas. Gente encantada pelo carisma de Maira e pelas performances descontorladas do Dimitri em um palco apertado e infernalmente quente. Melhor assim. É assim que se sente em casa. O show consegue manter todo o público apertado na beirada do palco até o seu final insano com Lúcia Lambidinha e o publico gritando por mais. O detalhe foi a chegada do Juizado de Menores de Porto Velho, forçando uma parada nas apresentações do festival.
Com tudo devidamente resolvido, entra ao palco Mini Box Lunar (AP), banda que lembra demais um Poliphonic Spree nortista, com direito a togas e trompetes, com vocais doces e bombas de asmas entre as músicas.
Hey Hey Hey! (RO)também foi outra banda que arrancou interesse do público. Som competente e fácil de se cantar junto.
Porcas Borboletas (MG) já leva o público para um fim de dia para o festival. Banda já grande, não só pelos seus sete componentes, mas também pelo arrebentar na criatividade musical.
Encerra-se o dia do festival com Mop Top fazendo um show formatado e sem se comunicar sequer uma vez com o público que se espreme e sobe ao palco para tentar cantar junto as músicas.
O domingo traz um festival mais voltado para o metal, hardcore e pancadarias, cuja capacidade de julgar deve ser mais acertada pra o resto da banda que tem mais bagagem na área.
Destaca-se a banda Gothika (Bolívia), com seu New Metal e carisma que ultrapassa a barreira da lingua. Gente muito simpática que arriscou três dias de viagem e não decepcionou ninguém.
Outra banda a ser citada são os Coveiros (RO). Banda clássica de Porto Velho que arrancou os dizeres de um conhecido "eu não gosto deste estilo, mas esses caras são definitivamente os melohres daqui".
Encerra a noite com Ratos de Porão, entre roda gigante de dança/bancadaria e gente completamente realizada. Ratos cumpriu completamente seu papel, só deixou Porto Velho querendo mais.
Volta para casa no feriadão do dia 07 de setembro. Como balanço final do Dimitri para a viagem, podemos dizer que vários amigos foram conquistados, foram executados contatos e propagandas e o sentimento de que devemos sim voltar algum dia. Festival bom, show ótimo e ninguem grávido de boto, assim espera-se, vamos aguardar nove meses. Porto Velho, a cidade Sol, tem seu espaço garantido dentro da saudade do Dimitri.
Heitor Teixeira