quarta-feira, 27 de maio de 2009

Garagem, docinhos e veneno na II Bigornada

Nem mesmo o pequeno atraso no início da programação de bandas esfriou o clima fervido dentro do Bar Fly na edição de maio da Bigornada. Se do lado de fora da bar um frio atípico para Campo Grande deixava uma dezena de incautos escondidos sob casacos, dentro do Fly a temperatura só parou de subir quando o sol saiu e, gentilmente, nos expulsou do lugar. Quem primeiro subiu ao palco depois da discotecagem de nossa ternurinha Letz Spindola foi o Astronauta Elvis, com a própria como bass lady, junto de Jean Gabriel, Cebola e Thiago.

Os shows do Astronauta nunca decepcionam, mas sempre te deixam a pergunta: "por que raios esses porras demoram tanto tempo pra tocar de novo?". Deve ser estratégia de marketing, it makes you think. Pena que pelo adiantado da hora, o show foi mais curto, mas nem por isso menos divertido. Acho que a maioria, assim como eu, quando escuta o comecinho de Venise, a clássica primeira música, já sabe que na próxima meia-hora tem espaço para dancinhas, pulinhos e goles generosos. Às vezes me perguntam (a óbvia) que tipo de som eles fazem e tudo que eu consigo responder é: do tipo DIVERTIDO!!

O Gobstopper, que eu só tinha ouvido quando ainda era uma banda primordialmente de covers, me surpreendeu e acho que ainda rende muita coisa boa. Você escuta e sabe ali se filtra uma porção de referências boas. De cara, lembrei de Gram e Los Hermanos (disclaimer: não me encham!!). Durante o show isso também não interessa. A banda tá ganhando corpo, tá se integrando. São econômicos, só três, mas ocupam o palco. Espero vê-los mais.

Depois de alguma fofura dos candy guys, o Facas Voadoras vem e envenena tudo. O som dos caras parece ter sempre mais punch. São também três, viscerais, dançantes, inevitáveis. Tenho a impressão que A gente ainda pode ir pro bar é uma das últimas ares bem próximos do era o Boêmios. As outras já vão pra outra direção, mais culhuda, e aí eu chamo atenção para Bruises in a crunched amp , mais surf do que a própria Surf music .

Os maestros do Jennifer Magnética, por pouco não deixam o palco junto do sol. Cada vez mais soltos, o show vai ganhando troca e espontaneidade a cada vez no palco. Acho que só contar que o Rodrigo fez um semi-strip traduz bem o clima àquelas tantas horas no Bar Fly. Enquanto eles tocavam pro lado de lá, do lado de cá já se sentia o gostinho do clipe produzido pela Vaca Azul Corporation Association exibido no telão (vai magrão, se não viu ainda, aproveita e assiste aqui no post abaixo).

E assim se fez a segunda Bigornada, que só cresce, só se paga e só vai continuar graças às bandas, aos amigos, às carinhas novas que sempre estão lá, entendendo, respeitando e incentivando a noite a nunca acabar. Fica aí um lamentável “dispensável” ao papelão daqueles que causaram tumulto na entrada do bar e ainda feriram nosso sempre camarada e segurança bigorneiro Alexandre. É desse tipo de gente que o circuito, a cena ou a casa do caralio, definitivamente, não precisam.

De resto, só esperar pela próxima. Chega, junho!!

2 Comentários:

Blogger Manuela Barem disse...

Ê! Ferdinanda sempre ganha a gente com essa conversinha mole dela! Amay. E é tudo verdade. Ass: Manu Barem

28 de maio de 2009 às 14:05  
Anonymous Anônimo disse...

Massa eu tava lá e concordo plenamente, inclusive estava do lado da entrada na hora da briga, lamentável... But no worries! Letz rock...

31 de maio de 2009 às 14:20  

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